sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Kimberly

era o nome da minha barata de estimação, com seu vibrar de anteninhas tão manhoso eu negligenciava os miolos do sanduiche pra que ela se alimentasse
isso nas primeiras semanas, depois fomos nos apegando, ela subia até meu ombro e me acariciava a orelha com suas anteninhas eu a olhava com um olhar de amor reciproco!
Fomos ficacando amigos, trocavamos confidencias e dormiamos juntos, até trocamos alguns beijos de lingua, mas sem compromisso, apesar do tesão, nossa amizade era supra-sexual... um dia ao me embriegar de vodka, ofereci alguns gole a ela, no principio ela fez cara feia (modo de dizer, até fazendo careta era bela), mas depois gostou, quando matamos a terceira garrafa, ela morreu.

Adeus Kimberly!

4 comentários:

  1. prefiro as lagartixas! mas ela nao tem anteninhas!

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  2. isso parece aquela estória do kafka ao contrário, da metamorfose lá, só que ao invés de morrer, ela devia acordar no outro dia sentindo coisas estranhas por ter virado gente; como nojo de si própria por acordar bêbada ao lado de um bêbado que tinha beijado uma barata!

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