quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Estação espacial chamando!!!

Das molestias perdidas na inocencia despejada em jarras pelos meio-fios que tomam conta das cidades, cidades de meio-fios e fios de cobre esticados feitos varais!

Cidades são isso, meio-fios e varais de cobre levando informação, e entre eles, pessoas, cachorros, insetos não catalogados e mostros mutantes nas vias subterraneas onde correm agua com merda e todo tipo de porcarias radioativa ou não!
Estações espaciais de drogas, prostituição, festas baquianas e Altares de igrejas evangelicas que se multiplicam mais que virus.

Virus da conciencia humana, mente podre, logica insana!

Temos estações espacias orbitando em volta desta bola que chamamos de planeta, um furunculo fetido em meio ao sitema solar... virus que destroem a célula amamentadora!

Somos importantes, mandamos satelites pro espaço, nos comunicamos com pessoas  milhares de quilometros num segundo
e nao sabemos quem somos! Lutamos por ter uma identidade!

Mediocres seres bipedes que pensam que pensam, e pensam que porque pensam são alguma coisa...


Nas estações espaciais não tem nada de diferente daqui... somente a gravidade, puxa menos lixo para baixo!

A Noite Delas

Estavam os pequenos malditos a espera do corujão, malditos, noiados e extasiantes mendigos perabulavam por aquelas ruas que escuras eram!

Quando dois malditos de  corações entregues um na maldição do outro, sentiram-se amedrontados pelo ambiente pestifero-celestial da madrugada ameaçadora e encantante!

20 MANGOS. É TUDO QUE TEMOS 20 MANGOS! NÃO HÁ CORUJÕES!

E com vinte mangos, buscar um leprosotel, eram como se chamavam as casas de dormir dos malditos perdidos nas metrohorropolis!! A metrohorropolis eram cidades que se emendavam se alastrando uma sobre as outras como uma afta anal no cu do mundo!!!

Sairam a perguntar, o vigia da farmácia disse que os leprosotel estavam ali, aos milhares, era questão de sorte e coincidência encontra-los...

Nossos pequenos malditos continuavam amendrontados, mas como um passe de mágica, os pequenos malditos estavam num saguão, escuro e arejado, aconchegante e tenebroso, Triunfo! Um leprosotel, um fedorento e inseguro leprosotel. Se sentiam finalmente recompensados, como se tivessem ganho uma batalha, se sentiam cansados e satisfeitos, era uma grande sensação de segurança paradoxalmente mista com receio do desconhecido... como se algo mórbido ali existia, eram tenebrosos os leprosoteis...

Quando subiam no elevador, estavam na escada, nada se entendia, como um sonho lisérgico, um filme de horror classe z, a caminho do quarto!

 OS NOIADOS FREQUENTAM LEPROSOTEIS! BICHAS!! TRAVESTIS! PROSTITUTAS!! POR TODOS OS LADOS, DESFILANDO NOS ANDAIMES, SIM ESSE LEPROSOTEL NAO TEM PAREDES, NAO TEM TERRAÇO... APENAS COLUNAS COLUNAS COLUNAS!

ESTAMOS NUM LEPROSOTEL DE 20 REAIS

Perfeito pra passar a noite!

 Encontraram-se num colchão de papoulas, de que adiantava se era intocaveis?

Mas quando a sensação de paz voltavam, desfiles de lingirie, dos super travestis dotadões, pareciam belas virgens decadentes, no melhor aroma do chorume infernal, eles, as prostitutas e noiados multilados desfilavam pelas colunas, um imenso show de horrores em todas as direções que se olhava do colchão de paupolas.... nossos pequenos malditos estavam apavorados e maravilhado com o melhor espetaculo de decadencia humanoide ja vista pelo homem e pela mulher e pelos ratos e os parasitas que habitavam aquele elegante leprosotel, depois do extase e fascinação, diante das visões distorcidas daquele espetaculo maldito, tentavam correr, mas com a sensação de que sempre estavam sendo seguidos, mesmo percebendo que todos aqueles seres, criados pelos horrores e feridas das metrohorropolis, desfilavam suas finas lingiries como se eles, nossos pequenos malditos não existissem... eles sabiam que jamais escapariam daquele lugar que lhes causava pânico e fascinação.. e como num passe de magica, da mesma forma que entraram, estavam de mãos dadas a caminhar aliviados pelas ruas, longe do leprosotel e descobriram que haviam milhões de coisas que poderiam fazer...